quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Procurado por assassinato, pai de Eloá Pimentel está foragido

O pai de Eloá Pimentel quer garantia de vida antes de se entregar à polícia. Ele é procurado pelo assassinato de um delegado ocorrido em 1991, em Alagoas.

Uma crise de pressão alta durante o seqüestro da filha Eloá acabou revelando um segredo guardado pela família durante 17 anos. As imagens de Aldo José da Silva sendo socorrido numa maca foram suficientes para que ele fosse reconhecido em Alagoas.


Seu nome verdadeiro é Everaldo Pereira dos Santos. Ele é o ex-cabo da PM que desertou ao ser acusado de matar o delegado Ricardo Lessa em 1991.

Ricardo era irmão do ex-governador Ronaldo Lessa e, na época, investigava um crime da chamada “gangue fardada”, liderada pelo coronel Manuel Cavavalcanti, que foi preso no Paraná. A quadrilha praticou dezenas de assaltos e assassinatos de aluguel.

Em São Paulo, o pai de Eloá confirmou ao repórter César Galvão que usava uma identidade falsa. “Fui obrigado a mudar de nome para sobreviver, senão eles me matavam. Sou um arquivo vivo, porque trabalhei com um homem que me confidenciava os crimes que o povo fazia”, disse Everaldo.

Não foi só Everaldo que trocou de nome. A família mudou também o sobrenome de Eloá, que ficou conhecida em todo o Brasil por causa do seqüestro de mais de 100 horas que acabou com sua morte. Na certidão de nascimento feita em Alagoas, está escrito o nome “Eloá Cristina Pereira Pimentel”; em São Paulo, ela passou a se chamar “Eloá Cristina Pimentel da Silva”.

O diretor adjunto da Polícia Civil de Alagoas, José Edson dos Santos, disse que levará para São Paulo os documentos renovando os decretos de prisão do pai de Eloá. Ele quer visitar o apartamento onde ocorreu o seqüestro pra tentar encontrar alguma pista do paradeiro do ex-PM.

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